sábado, 31 de outubro de 2009
Tears for fears
Nunca achei normal ir ao médico sem apreensão ou uma ponta de medo.
E quando pequeno, visitei inúmeros pra tomar injeção ou ser costurado!
E choro de machucado torna-se corriqueiro quando se cresce numa casa com jardim,
um monte de árvores pra trepar e cair, e um gosto especial pelo perigo.
Na adolescência fazem-nos acreditar que já somos crescidos o bastante pra não chorar, pois isso é sinal de fraqueza, é quando o choro passa a ser escondido e a dor física substituída pelas do coração.
Indico a solidão do chuveiro pra quem quer chorar sem ninguém saber: as lágrimas se misturam à água e o aperto no peito vai se esvaindo ralo abaixo.
Pra mim nenhum motivo é pequeno ou grande para detonar essa cachoeira sem fim...
Outro dia bati meu recorde no cinema: três vezes!
Depois do primeiro choro devidamente enxugado e deixado vários fotogramas pra trás,
fui sentindo algo que já tinha experimentado bem. Respiração ofegante, coração na boca,
trazendo do fundo as sensações que pareciam curadas... e daí a explosão!
O terceiro foi mais pra tirar a prova se ainda sobravam lágrimas.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
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